quarta-feira, 10 de junho de 2015

JESUS E O DINHEIRO



 Introdução: Guerras, assassinatos, fomes e violência. Tanto no passado como no presente, podemos afirmar que boa parte desses males tem como causa primária o amor ao dinheiro. De fato, é o que as Escrituras afirmam em 1 Timóteo 6.10. Já vimos que ser rico e possuir bens não é errado, pois “a bênção do Senhor é que enriquece” Pv 10.22. Todavia, amar o dinheiro significa torná-lo nosso senhor em vez de nosso servo. Isto traz um grande mal, pois na condição de senhor o dinheiro torna-se um tirano cruel. Por isso, nesta lição, aprenderemos como usar o dinheiro de forma que ele venha a glorificar a Deus. A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.
O dinheiro ocupa papel primordial na sociedade contemporânea, mas nem sempre os cristãos estão atentos aos seus riscos. Por isso, na aula de hoje, estudaremos a respeito do dinheiro na cosmovisão de Jesus. É preciso ter cuidado, para não adotar pressupostos humanos, pensando que esses são cristãos. Inicialmente destacaremos o papel do dinheiro no contexto do consumismo capitalista. Em seguida, nos voltaremos para a percepção bíblica do dinheiro, com base no Novo Testamento. Mt 6.24  Jesus disse ninguém pode servir a dois Senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom."
·         Mamom – É uma transliteração do Aramaico, que sig, “Propriedade” bens terrenos ou dinheiro.
·         Em Lc 16 9-11 – Este termo também é descrito como riqueza da injustiça, no sentido de adquirir posses desonestamente. A riqueza juntada pelo homem às vezes de maneira injusta, causa um errôneo proposito de segurança Lc. 12.15, 19, 20 tornando o homem escravo da riqueza e não apto para o serviço de Deus.  Opulência significa fartura, grande riqueza, abundância de bens materiais, ostentação. É a presença de luxo excessivo, pujança, fausto. É uma característica apresentada por aquele ou aquilo que demonstra grande fortuna.
I O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ.
1.    Secular - O homem moderno é produto da sociedade capitalista e tecnológica que o conduz ao consumismo. Nesse contexto, o ter acabou se tornando mais importante do que o ser, de modo que as pessoas são avaliadas não pelo que são, mas pelo que têm, e, às vezes, não pelo que possuem, mas pelo que aparentam que possuem. A propaganda é o meio que divulga os ideais consumistas, as pessoas são incitadas, a todo instante, a adquirem mercadorias que não precisam para satisfazerem não a si próprias, mas às exigências dos outros. Como resultando dessa lógica, muitos estão entrando pelo caminho do endividamento, indo além das suas capacidades de pagamento. O meio ambiente também está padecendo, tendo em vista que o mercado está disponibilizando cada vez mais produtos descartáveis, os quais, quando não são reciclados, demandam maior necessidade de matéria-prima, e, por sua vez, comprometem a saúde do planeta.

A Sociedade valoriza as pessoas pelo que elas têm, mas não por o que são. Há uma inversão de valores. Ama as coisas e usa as pessoas. As pessoas são tratadas como coisas e as coisas como pessoas. 

2.    Cristã - O apóstolo Paulo alerta que aqueles que desejam obter riqueza caem em “muitos desejos descontrolados e nocivos” I Tm. 6.9,10. “Não é o dinheiro em si mesmo, porem o amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males”. “Amar ao dinheiro conduz a todo tipo de mal”.
Extremos
1 – Existem seguimentos que pregam a prosperidade  - A ética capitalista, conforme demonstrou Max Weber, tem fundo religioso, e mais especificamente, protestante. Ao invés de investirem no Reino de Deus, e mais especificamente, nos outros, os fiéis transformam o acúmulo em um fim em si mesmo, em alguns casos, como vemos nos dias atuais, sacramentalizam a riqueza e transformam a ostentação em benção divina “São igrejas comprometidas com a teologia da prosperidade, é que elas enfatizam a parte egoísta do evangelho, a libertação da opressão da miséria, da fome, do desemprego, da bancarrota, da doença, da depressão, das crises matrimoniais etc. há igrejas vistas como  “um pronto-socorro”
2 – Existem Seguimentos sérios que se recusa a falar sobre dinheiro
·         Paulo em At, 20.27 ter ensinado aos efésios todos os conselhos de Deus;
·         Mt. 6.24, Jesus viu que alguém poderia ter o dinheiro com um deus, sendo escravizado pelos bens e riquezas que possuem. “A lição que Jesus transmite é que somos mordomos e precisamos saber como administrar, o dinheiro, os bens e a riqueza, que tudo seja para a gloria de Deus”
·         Pv. 11.28 – Quem confia nas riquezas cairá...
·         Sl. 20.7 – Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos missão do nome do Senhor nosso Deus.
a) Dinheiro, um recurso material. O crente deve saber que o dinheiro é apenas um recurso material, que precisa ser aplicado com sabedoria para que não traga prejuízos espirituais I Tm 6.10. Tais recursos não devem nos tornar gananciosos Lc 12.16-19, pois a nossa vida não consiste na abundância do que possuímos Lc 12.15.
b) Um meio para sermos abençoados. O dinheiro é apenas um meio em si, e não o fim, por isso o conselho de Deus: “... se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o vosso coração” Sl 62. 10b. Lembremo-nos que o dinheiro é apenas uma “sombra” Ec 7.12, e não o principal em nossas vidas I Tm 6.8;
c) Uma bênção para a igreja. A casa do Senhor é abençoada com o dinheiro do povo de Deus II Rs 12.9.
·         Nossa contribuição é empregada nas mais diversas necessidades da obra e na expansão do reino de Deus Fp 4.15,16.
·         Qualquer que sejam os recursos eles devem ser aplicados com sabedoria II Rs 12.11,12, para que o nome do Senhor seja glorificado.
·         Pv. 30.7 – não me dê poder nem riqueza, mas a porção do dia a dia.

II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAISMO DO TEMPO DE JESUS

a) Ricos e pobres: Tg. 2.6 – Os ricos Judeus oprimiam os pobres, e exigia um tratamento especial dos pobres.
·         Ap. 2.9 - Conheço a tua pobreza, mas és rico. Deus observava 3 coisas em Esmirna:  as obras, a tribulação e a pobreza.
·         Ap. 3.17 – Rico sou e de nada tenho falta. Deus vê desgraçado, miserável, pobre cego e nú.
b) Generosidade e prosperidade
v  At. 20.35 – É melhor dá do que receber
v  1 Co. 9.6 – Quem semeia pouco, pouco ceifa.
·         Pv. 10.22 – A benção do Senhor é que enriquece e não acrescenta dores.
v  Abraão Gn. 24.1 Abençoado em tudo
v  Isaque Gn. 25.11 e 26.12 Deus o abençoou
v  Jacó Gn.28.4 abençoado com a benção de Abraão
v  Salomão 1Rs.13 Pediu sabedoria, Deus lhe deu riquezas e Gloria
·         A teologia da prosperidade vai ao extremo:
·         Se for rico é abençoado;
·         Se for pobre não tem a benção de Deus
III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS
a) Os Perigos da riqueza
·         O Amor ao dinheiro 1Tm. 6.10 – A ganancia e a falsa confiança no dinheiro traz uma sensação errônea de segurança.
·         Ex. Lc. 12.18 – 20 Nunca procure as riquezas à custa do bem estar da alma
·         Lc.12.22 – Confiar nos tesouros terrenos ira trazer condenação para alma. 21,33,34
b) Devemos Confiar em Deus
·         Sl. 20.7 – A nossa Confiança deve estar em Deus
v  Carros v. 7 Is. 31.1
v  Cavalos v.7 ; 33.17;147.10
v  O Nome do Senhor v,7
Conclusão: Romanos 10:11 - Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.

Isaias 49:23 - E saberás que eu sou o SENHOR, que os que confiam em mim não serão confundidos.

Salmos 22:5 - Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.

Salmos 25:3 - Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa.

Felipenses 1:20 - Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte.

Nas direções de Deus estão as nossas certezas. Se ficamos confusos mediante as nossas decisões é porque estamos ponderando entre a vontade de Deus e a nossa.

É nesses momentos que somos testados. Se confiarmos e esperarmos no Senhor toda confusão se desfaz, pois iremos seguir a direção Dele. Mas se seguimos nossos impulsos e vontades negamos a voz de Deus e demonstramos que não confiamos e não esperamos no seu amor e vontade para nós.

Não há confusão para aqueles que crêem, confiam e esperam no Senhor pois estes só aceitam uma decisão: A de Deus

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