sexta-feira, 17 de julho de 2009

JESUS, A LUZ DO CRENTE

As primeiras palavras registradas de Deus foram “Haja luz” Deus é luz, João deixa claro que a mensagem que ouvira de Jesus era a de que Deus é luz. Davi no Salmo 27, composto séculos antes de João escrever suas cartas, já dissera que “O Senhor é minha luz, e minha salvação”. Esta luz traz revelação aos que estão em trevas, para que vejam suas próprias obras e decidam seguir ao Deus verdadeiro. Por ser luz, Deus pode nos orientar em nossos caminhos e momento de duvidas em meio as lutas. Davi, quando se viu livre de seus inimigos e de Saul, cantou sobre seus momentos de dificuldades e de providências de Deus. “porque tu acenderas a minha candeia; o Senhor, meu Deus, alumiará as minhas trevas Sl 18.28. em contraste com a luz, aqueles que pecam, andam em trevas 1. Jo 1.6. Estes carecem da luz de Deus, pois não conseguem enxergar o caminho em que andam nem as obras que fazem.
“É bastante significativo que Deus sendo luz, 1 Jo 1.5 tenha iniciado seu projeto de criação com a luz. Antes de sua ordem a terra não tinha forma Gn 1.2, e o ato de produzir luz formou uma associação direta e pessoal entre o criador e sua criação. Paralelos a estas atitudes podem ser notados na direta associação de Deus com os Israelitas, quando ele conduziu por uma coluna de fogo Ex 13.21,22, e pela manifestação da sua gloria da presença de Deus quando o tabernaculo Ex 40.34-38 e também o templo de Salomão 1Rs 8.11, 2Cr 5.13,14 ficaram prontos.
A plena associação de Deus com a sua criação teve inicio quando segunda pessoa da Trindade, a luz do mundo Jo. 3.19; 8.12 se fez carne e habitou entre nós. Jo. 1.4,5 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens e a luz resplandeceu nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Ele é a luz do mundo no sentido de que ele é quem dá luz ao mundo. Em MT. 5.14, Jesus ensina que os seus seguidores são a luz do mundo.
1) Todos que seguem a Jesus são libertos das trevas do pecado, do mundo e de satanás. Os que andam nas trevas não seguem 1Jo. 1.6,7.
2) “Quem me segue” é um gerúndio contendo a idéia de seguir continuamente. Jesus, na realidade “seguir-me continuamente”. Ele reconhecia somente o discipulado perseverante Jo. 8.31.
Devemos notar ainda que na nova criação não houve necessidade da luz das velas, da lua, ou do sol AP 22.5; 21.23, “porque a gloria de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (literalmente, lâmpada é a fonte de luz)
O grande risco da mentira. “Satanás foi o pai da mentira (to pseudos) em sua apostasia original Jo 8.44, Is 14.12-20,Ez 28.1-19. da mesma forma o homem em sua apostasia preferiu a mentira (to pseudos) à verdade de Deus Rm 1.25, Gn 3.1-7 “Homens não regenerados falam mentiras desde muito cedo Sl 58.3, e fazem delas o seu refugio Is 28.15”.“Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade” 1Jo 1.6. Este verso não se refere a pessoas não salvas, e sim aos crentes. João não diz “Se os ímpios disserem”, e sim “Se dissermos”. Isto indica que, na igreja, é possível dizermos uns aos outros que temos comunhão com o Senhor, mas andarmos em trevas. É possível mentir para os outros acerca de nossa comunhão com Deus, dizer que oramos, jejuamos, que lemos a Bíblia e que fazemos a obra de Deus, e ainda assim, andar em trevas. Neste aspecto, o andar em trevas enfatizado por João refere-se não apenas à pratica do pecado, mas também a questão de não ter comunhão uns com os outros. Não é possível haver amor a Deus e a sua obra sem que este amor o direcione a ter comunhão com outras pessoas. A comunhão com Deus deve ser refletida aos outros.
Resolvendo o problema da mentira. “Se andarmos na luz como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo seu filho nos purifica de todo pecado”. 1Jo 1.7. Para que possamos ser pessoas integras, é preciso não apenas falar a verdade, mas andar nela também. Observe que o problema apontado por João refere-se as pessoas que falam e praticam coisas totalmente distintas. Não basta dizer que a pessoa anda na luz. Ela deve praticar a comunhão com as outras pessoas, pois a luz ilumina a todos. Quem anda na luz não tem problemas para ter comunhão com seus irmãos. Neste aspecto João é enfático, pois preza pela unidade da igreja em face dos falsos ensinos ministrados por “mestres” que negavam o Senhor Jesus. A igreja deveria permanecer unida, atenta contra os falsos ensinos. A grande verdade é que hoje quando vamos falar de comunhão, de união nas igrejas, nós nos deparamos com um grande problema . que a principio eu caracterizaria ao invés de Koinonia que significa comunhão,uma relação de intimidade entre uma pessoa e outra, indica companheirismo e identificação pessoal, afinidade e solidariedade, podendo ser entendida como uma mescla de personalidades numa bendita unidade, como o trançar de fios para formar uma única corda; sugere uma intimidade exclusiva e fora do comum, como por exemplo o envolvimento de Abraão com Deus por causa de Sodoma e Gomorra Gn. 18.17,23-33, ou seja, a visão que a palavra de Deus está querendo nos passar é sobre o crescimento da igreja e dos irmãos em comunhão.
João ainda se refere à verdade como estilo de vida a ser praticado. Quando disse: “Não praticamos a verdade”, refere-se aqueles que alegam ser íntimos de Deus, mas não andam conforme seus mandamentos. Por isso, vale reforçar que é necessário o crente falar e viver de forma que reflita a integridade da mensagem do evangelho.
Fonte: CPAD - Ensinador Cristão, BEP, Dicionario Biblico Wycliffe


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